A adesão ao programa do governo federal “Crack, é possível vencer”, foi o tema da videoconferência realizada na tarde desta terça-feira,05, no auditório do Banco do Brasil, setor central de Porto Velho. O vice-prefeito Dalton Di Franco representou o prefeito Mauro Nazif acompanhado do secretário adjunto da Semusa, Francisco Marto e do representante da coordenadoria municipal de Políticas Públicas para a Juventude (CMPPJ) Bruno Eduardo. Com a presença de outras autoridades municipais e estaduais, a videoconferência de sensibilização de adesão ao programa, contou com a participação da secretária nacional de Segurança Pública, Regina Maria de Luca Miki, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que falaram diretamente da esplanada dos ministérios encurtando a distância e orientando ao mesmo tempo dezenas de administradores municipais, via videoconferência sobre a importância do programa e como participar.
O vice-prefeito destacou que o município tem uma grande preocupação com o tema (drogas) e que a prefeitura pretende se unir aos demais entes federativos para que se coloque em prática projetos que diminuam o sofrimento de centenas de famílias, que tenham em seu meio, membros usuários de crack e outras drogas. “A droga, principalmente o crack, uma das mais perigosas, desestrutura não só a vida do usuário, mas de toda a família. A sociedade em geral é afetada. Então, é preciso desenvolver ações efetivas de prevenção e combate, por isso estamos participando de todos os encontros, que debatem o tema, para que tenhamos orientação sobre as práticas mais eficazes e assim implantá-las para minimizar esse problema. Pretendemos aderir ao programa e estaremos levando ao prefeito Mauro Nazif todas as propostas, aqui discutidas, para que sejamos mais uma cidade lutando conta este inimigo que é o crack”, disse o vice-prefeito.
Adesão
O secretário adjunto de Saúde de Porto Velho, Francisco Marto, explicou que, dentro da proposta apresentada pelo Ministério da Justiça, para adesão ao programa será necessário a constituição de um comitê que deve construir o Plano de Ação, sendo que esse será preenchido em formulário eletrônico com data final prevista para 14 de fevereiro. Ainda segundo ele a partir da 2.ª quinzena de março será feita a pactuação e adesão ao programa por meio de videoconferência, onde os Planos de Ação serão analisados. O comitê gestor deverá ser composto por prefeito ou secretário de governo; saúde; assistência social; direitos humanos; segurança pública e educação, que será responsável pelo planejamento, acompanhamento e monitoramento das ações do programa no Município.
O programa, que destina R$ 4 bilhões em recursos federais até 2014, prevê ações de orientação da população, capacitação de profissionais, aumento da oferta de tratamento e atenção aos usuários e enfrentamento ao tráfico de drogas. “Queremos ampliar este atendimento de prevenção e tratamento de usuários de drogas, que ainda é tímido na nossa cidade. Com este programa muito poderá ser feito neste sentido. E o que queremos é ver nossas crianças, jovens e adultos livres deste mal. Será preciso trabalharmos juntos, critério este que adotamos desde deste o início de nossa gestão”, disse Marto.
Bruno Eduardo, da CMPPJ, lembrou que a mobilização dos jovens será de suma importância. “Queremos desenvolver ações de combate e prevenção às drogas dentro das comunidades, numa parceria com as associações de bairro e, principalmente, com as famílias e as escolas. Assim teremos maiores resultados”, disse.
Meta
O conjunto de ações integradas para o combate ao crack terá orçamento de R$ 4 bilhões do governo federal. O programa possui três eixos: cuidado, autoridade e prevenção. O primeiro é voltado ao tratamento dos usuários, com a ampliação e qualificação da rede de atenção e criação de uma rede de atendimento especializada chamada “Conte com a gente”. O programa prevê enfermarias especializadas em dependência química no Sistema Único de Saúde (SUS), com investimento de R$ 670,6 milhões. A previsão é de que sejam criados 2.462 leitos destinados ao tratamento de usuários de drogas.
Prevenção
No eixo “prevenção”, o programa prevê ações que visam levar informações a escolas e comunidades com a finalidade de evitar o surgimento de novos usuários. A previsão do governo é capacitar, em quatro anos, 210 mil educadores através do Programa de Prevenção do Uso de Drogas na Escola, e 3,3 mil policiais militares do Programa Educacional de Resistência às Drogas.
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