Por 17 votos a favor, uma abstenção, uma ausência de plenário e dois contrários, o vereador Jurandir Bengala (PT), foi eleito na sessão plenária desta segunda-feira (28) o novo presidente da Câmara Municipal de Porto Velho para o biênio 2015/2016.
O voto de abstenção foi do vereador Edemilson Lemos (PSDB) que até um mês atrás era o virtual presidente da Casa. Votaram contra os vereadores do PTB, Everaldo Fogaça e Leo Moraes. A ausência foi da vereadora Ellis Regina (PC do B).
Ao justificar seus votos, alguns vereadores deixaram claro que concordam com o nome de Bengala para a Presidência, mas não vão aceitar que a eleição do petista seja uma manobra para salvar as contas do ex-prefeito Roberto Sobrinho.
“Votei a favor, apesar de não concordar com o termo Chapa de Consenso. Para mim, consenso seria, caso o vereador Leo Moraes fosse eleito como membro da Mesa. Mesmo assim, Bengala tem o meu apoio, mas já deixo avisado que se as contas do ex-prefeito vierem para a Câmara com o encaminhamento de reprovação pelo Tribunal de Contas, irei votar a favor da Corte de Contas”, disse Aélcio.
Edemilson Lemos não quis polemizar e justificou seu voto pela coerência. “A Executiva do meu partido não gosta do PT e pediu que votasse contra a chapa. Mas não votei contra porque não sou contra o vereador Bengala. Aqui a gente vota em pessoas e não em partidos”, disse ele.
O discurso mais duro, porém, foi do ex-presidente da Casa, Eduardo Rodrigues (PV). Para ele, a Câmara precisa esquecer a gestão passada e a pessoa de Roberto Sobrinho. “Quando as contas aqui chegarem, não terei problema em dar meu voto sim ou não. A população inteira vai saber em quem votei, por isso acho desnecessária essa tese essa discussão em torno das contas do ex-prefeito”, criticou.