
A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, chegou ao Acre, sua terra natal, por volta das 19h45 (horário local) deste sábado (4), e foi recebida com festa por militantes no aeroporto de Rio Branco. De lá, a candidata seguiu em carreata pelas ruas da capital acreana até o Centro. Marina vota pela manhã, neste domingo (5), em Rio Branco, na seção eleitoral 043, no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Questionada sobre o resultado das últimas pesquisas Datafolha e Ibope, divulgadas neste sábado (4), que apontam uma situação de empate com o candidato Aécio Neves, dentro da margem de erro, Marina afirmou que a pesquisa 'verdadeira' será revelada neste domingo.
"Estamos muito felizes com a campanha que fizemos, os brasileiros estão decididos a mudar. 70% da população brasileira quer mudança e identifica no nosso projeto a mudança. A pesquisa verdadeira será feita amanhã [domingo]", diz.
Indagada sobre não ter rebatido aos ataques feitos contra ela durante a campanha eleitoral, Marina disse que decidiu fazer uma campanha limpa. "Decidimos que íamos fazer uma campanha respeitando os brasileiros e os adversários, pautando a campanha em outro patamar. Não é mais no embate é no debate. Estaremos no segundo turno e continuaremos a fazer o debate em torno do que interessa", enfatizou.Sobre o Acre, Marina lembrou que o estado lutou para ser brasileiro e disse que nele aprendeu a ser persistente. "O Acre se tornou brasileiro porque fez uma escolha. Fizemos uma revolução e, mesmo assim, levamos um grande tempo para sermos reconhecidos como território. É o lugar que ensina o terreno da escolha e não da opção. Na opção, você é obrigado a ficar com o que já existe, na escolha você cria a partir do que existe um outro caminho. No Acre, aprendi a ser persistente, e é essa persistência que aprendi com a minha família, com os seringueiros, com os índios, com o Chico Mendes que eu estou levando para o Brasil", destacou.

No saguão do aeroporto para receber Marina estava Elenira Mendes, filha do líder seringueiro Chico Mendes. Confiante, ela aposta em Marina Silva no segundo turno das eleições e diz que vê na candidata a perpetuação dos ideais do seu pai .
"Não perdi a esperança, até o último momento acredito na vitória. Quando eu olho para ela, vejo a figura do meu pai, as ideias dele no contexto político de hoje. Se meu pai tivesse vivo, tenho certeza que ele estaria ao lado de Marina nesta luta", finalizou.
Depois de votar em Rio Branco, Marina retorna a São Paulo, onde acompanha a apuração dos votos.