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O povo está se mobilizando para ir às ruas no próximo domingo
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) estima que as manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), marcadas para o próximo domingo (13) em São Paulo, reúnam público de cerca de um milhão de pessoas na região da Avenida Paulista, no centro da capital paulista. O atual titular da pasta, Alexandre de Moraes, afirmou nesta terça-feira (8) que o esquema de segurança tem sido planejado com base no primeiro grande ato contra a presidente, ocorrido em março de 2015.
No ano passado, o cálculo do número de manifestantes na Paulista, feito pela Polícia Militar, foi alvo de contestação, mas, segundo o secretário, "pelo menos duas paralelas e cada um dos lados da avenida também ficaram superlotados".
Corredores de ônibus e estações do Metrô serão fiscalizados no dia do ato para garantir a segurança dos manifestantes, de acordo com o secretário. O jogo clássico entre São Paulo e Palmeiras, válido pelo Campeonato Paulista, previsto para as 16h do domingo também foi antecipado para as 11 horas. Segundo Moraes, a solicitação foi feita para que o sistema de transporte não tenha problemas de superlotação.
Moraes também disse que, até o momento, não foi comunicado sobre protestos organizados por grupos favoráveis à presidente Dilma e contrários ao impeachment. "Se até o final da tarde de amanhã (quarta-feira) não houver nenhuma comunicação desses grupos, nós vamos entrar em contato com aqueles que estão anunciando pela internet, pelas redes sociais, para que eles definam o local", declarou.
Os manifestantes a favor da presidente não poderão escolher a região da Avenida Paulista para realizar o ato. "Constitucionalmente não é possível que dois grupos antagônicos se manifestem no mesmo local, porque pode gerar confusão, pode gerar briga. Não haverá nenhum problema se houver uma manifestação contra o impeachment domingo só que em outro local", justificou.
O secretário também afirmou que vai acompanhar o ato a favor do impeachment como "secretário da Segurança". "Vou realizar exatamente o mesmo percurso que realizo em todas as manifestações. Primeiro olho a localidade, inclusive por dentro da manifestação. Depois, junto com o comandante-geral (da PM, coronel Ricardo Gambaroni), fazemos um sobrevoo, até para verificar a situação das adjacências. E vamos ao Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) para verificar eventuais problemas, inclusive no metrô e trem."