As declarações são uma tentativa de fechar acordo de colaboração com o qual o empresário conseguiria benefícios, como redução de pena. O acordo, porém, ainda não foi fechado. Os procuradores estariam cobrando que Odebrecht explique como funcionaria o esquema de financiamento de projetos no exterior de empreiteiras brasileiras por meio do BNDES.
Segundo a apuração do jornal, a Lava Jato acredita que a Odebrecht pode trazer novidades nesta área, na qual o ex-presidente Luiz Inácio da Silva teria defendido interesses de construtoras brasileiras no exterior.
Procurados, o presidente do BNDES e o ex-ministro da Fazenda afirmaram que "nunca" trataram de doações para campanhas eleitorais.
Coutinho disse em nota que "este tema (as doações) jamais foi abordado durante qualquer contato com executivos da Odebrecht ou de qualquer empresa", enquanto Mantega, por meio de seu advogado, afirmou que "jamais tratou de assunto de campanha de quem quer que seja" e que "rechaça essa insinuação".