Temer, que aterrissou esta manhã em Xangai, onde liderou várias atividades de promoção comercial e de atração de investimento chinês ao Brasil, se deslocou depois a Hangzhou, que fica a 170 quilômetros de distância e onde acontece neste fim de semana a primeira cúpula do G20 organizada pela China.
Nessa cidade, o presidente brasileiro manteve um encontro bilateral com seu anfitrião, Xi, com quem coincidiu na vontade política de fortalecer a cooperação e aprofundar a atual aliança estratégica que já existe entre os dois países.
Nesse sentido, Temer incidiu em vários temas comerciais, como a intenção do Brasil de introduzir soja geneticamente modificada no mercado chinês, a abertura de novas oportunidades para a venda de carne brasileira na segunda maior economia mundial e a possível captação de investimento chinês nos setores de transporte e energia.
Temer também destacou a intenção mútua de aumentar o comércio entre os dois países, que vivem bom momento na relação bilateral, já que a China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009 e o governo brasileiro quer agora aumentar o valor agregado de suas exportações para seu aliado asiático.
Antes de seu encontro com o presidente da China, Temer manteve também esta manhã, assim que chegou a Xangai, uma reunião com 17 empresários brasileiros que têm presença destacada no gigante asiático.
Em seguida, o presidente brasileiro se reuniu com Yang Xiong, o prefeito da cidade que, além de ser a capital econômica e comercial da China, abriga o maior porto mercante do mundo em movimentação de contêineres.
Suas atividades hoje em Xangai concluíram com o fechamento de um Seminário Empresarial de Alto Nível Brasil-China, com cerca de 200 participantes registrados, em representação de empresas de ambos os países, e focado, sobretudo, em projetos de infraestrutura, agricultura e cooperação industrial e tecnológica.
Nesse fórum, Temer assegurou que, apesar de ter contado com um governo interino no Brasil, liderado por ele mesmo, "as expectativas dos agentes econômicos (do Brasil) melhoraram, a confiança (em sua estabilidade jurídica e econômica) foi restabelecida e os indicadores começaram a mostrar recuperação" nos últimos meses.
Sobre a relação estratégica do Brasil com a China, Temer prometeu que seu governo será "um aliado" para Pequim e suas empresas, afirmou "que compreende a importância do setor privado para a economia nacional" e que "vela pela saúde financeira do país" e para que existam "regras adequadas e previsíveis" nos negócios.
Em paralelo à cúpula do G20, Temer também deve se reunir com os líderes dos demais países dos Brics, que além de Brasil e China, inclui Rússia, Índia e África do Sul.
A oitava cúpula anual do G20, cujos países concentram 85% do PIB mundial e 75% da população do planeta, acontecerá na cidade chinesa de Hangzhou neste fim de semana e será a maior reunião de líderes políticos mundiais já organizada pela China até agora.